Um dos grandes desafios que o segmento de distribuição da EDP vem enfrentando está relacionado aos resíduos vegetais produzidos nas atividades de manutenção das redes já existentes, bem como na instalação de novas redes de distribuição. • Hoje não temos um processo padronizado para destinação dos resíduos oriundo das atividades de podas da EDP ou dos municípios da nossa área de concessão, devido a fatores internos e externos à EDP • Grande parte dos resíduos vai para aterro sanitário • A poda das árvores gera grandes volumes de resíduos vegetais, como galhos, troncos e folhas • Pode gerar acúmulo em áreas urbanas e rurais, impactando na vida das comunidades o que acarreta reclamações dos clientes • A coleta e o transporte desses resíduos podem ser complexos, especialmente em áreas rurais ou de difícil acesso • Alta demanda de infraestrutura adequada para a disposição, coleta, destinação correta dos resíduos • O processamento e a reciclagem dos resíduos vegetais exigem investimentos em equipamentos especializados e em tecnologias • A decomposição inadequada dos resíduos vegetais pode levar ao aumento da emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono e o metano, especialmente quando os resíduos são descartados de forma inadequada, como em aterros sanitários ou queimados de forma descontrolada No Brasil, as distribuidoras da EDP operam em estados com diferentes contextos do ponto de vista de tamanho e distribuição da população e da vegetação no território e do ordenamento do território urbano. Esses fatores conferem ao desafio diferentes graus de intensidade e complexidade. Em São Paulo, os problemas relacionados ao transporte e destinação das podas são maiores e mais frequentes, já que as zonas urbanas dos municípios são significativamente maiores e mais populosas do que no ES. Em média, a EDP São Paulo produz, transporta e destina 520 toneladas de resíduos de poda por mês, sendo que a maior parte desse material não é reaproveitado. Já no estado do Espírito Santo, os quantitativos não são tão claros, devido a menor criticidade do problema, já que nas regiões rurais temos permissão para que os resíduos de podas sejam depositados nas faixas de servidão e na Grande Vitória uma das principais empresas que faz o gerenciamento dos resíduos urbanos, também recebe os resíduos de poda, que é integralmente compostado. Nesse estado, o maior desafio é encontrado nas maiores cidades localizadas fora da região metropolitana, onde os resíduos de poda das zonas urbanas são enviados para aterros sanitários, acarretando a liberação de gases de efeito estufa no processo de decomposição, além das longas distâncias muitas vezes percorridas para o envio do material recolhido a esses locais. Em todas as situações anteriormente mencionadas, tanto no estado de São Paulo como no Espírito Santo, esse material pode ser destinado íntegro ou triturado pelas máquinas que operam em campo e já fazem esse serviço, que conseguem suprir a demanda de algumas partes das áreas de concessão brasileiras. Em Portugal e na Espanha, devido às diferentes características na ocupação das cidades, esse problema não é representativo, mas a depender da solução encontrada para os resíduos de poda do Brasil, o modelo poderia ser replicado com intuito de trazer ganhos socioambientais e/ou reduzir os custos envolvidos nesse processo.
Utilização dos resíduos para compostagem (via doação), confecção de sistemas de contenção de solo, confecção de estruturas que possam atrair e abrigar a fauna silvestre, uso para artesanatos e “casas” de abelhas. BR: Uso de equipamentos que fazem a trituração dos resíduos em campo que são utilizados em parte das áreas de concessão. Compostagem por meio da empresa Marca Ambiental na região da Grande Vitória. Tentativas em curso: a) Uso do material como matéria seca para compostagem via doação para produtores rurais ou organizações; b) Incineração para produção de energia.
A solução ideal deve trabalhar em favor de um ou mais dos benefícios abaixo listados: • Criar processos que facilitem a logística do material originado das podas pelas companhias de distribuição da EDP,; • Oferecer alternativas de uso para esse material que tragam impactos positivos para a companhia e stakeholders (como clientes das áreas de concessão e prefeituras municipais, por exemplo) • Reduzir os impactos negativos e gerar impactos positivos no meio ambiente e/ou biodiversidade • Espera-se uma redução nas reclamações relacionadas a recolha dos resíduos de podas e a redução na necessidade de áreas para a destinação do material.
Referência: Energisa (Projeto desenvolvido em Presidente Prudente - SP) Marca Ambiental – Empresa gerenciadora de resíduos Sólidos que opera na Grande Vitória - ES
Confira abaixo os desafios e propostos nesta edição: