Empreender transcende a simples criação de produtos ou serviços; no cerne de qualquer negócio bem-sucedido, encontramos uma compreensão profunda das pessoas — tanto clientes quanto colaboradores. Esta abordagem humanizada ao empreendedorismo enfatiza que, antes de planos de negócios ou estratégias de mercado, é essencial entender a quem o negócio serve.
Segundo um estudo da Sólides, empresa especializada em tecnologia para gestão de pessoas para pequenas e médias empresas (PMEs), mais de 90% dos profissionais concordam que o desenvolvimento e retenção de funcionários são de responsabilidade de todos os gestores, e não apenas da área de Recursos Humanos.
Para a Sólides, as empresas no Brasil estão vivendo uma crise na relação de trabalho com o seu colaborador. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), o Brasil possui a maior taxa de rotatividade do mundo: 51,3%.
Em contrapartida, 67% dos profissionais de RH afirmam que a rotatividade na sua empresa está baixa ou controlada, e aproximadamente 9% não sabem informar a taxa atual, demonstrando que as empresas não acompanham o seu turnover ou não sabem comparar com o mercado. Além disso, especificamente falando dos líderes, 60,5% concordam totalmente que o desenvolvimento e a retenção de funcionários são de responsabilidade de todos os gestores, e não apenas do RH.
Os empresários muitas vezes se concentram em desenvolvimento de produto e estratégias de mercado, negligenciando um elemento fundamental para o sucesso sustentável: o departamento de Recursos Humanos (RH). Iniciar uma empresa sem uma estrutura de "trate" de pessoas é um risco que pode custar não apenas eficiência operacional, mas também a cultura e a vitalidade da organização.
Desde o começo, o setor de RH, deve ser encarado como responsabilidade do fundador, desempenhando um papel crítico em moldar a cultura empresarial, atraindo talentos alinhados com a visão da empresa e estabelecendo práticas de gestão que promovem a inclusão e o desenvolvimento profissional. Sem essa fundação, as startups podem enfrentar desafios significativos em escalar suas operações de maneira eficaz e sustentável.
Além disso, um departamento de contratação estratégico vai além da administração de folhas de pagamento e benefícios; ele serve como o coração emocional da empresa, navegando conflitos, fomentando o engajamento dos colaboradores e garantindo que a motivação permaneça alta. Em momentos de crise ou mudança rápida, um departamento de RH proativo pode ser a diferença entre uma equipe que se desintegra e uma que se adapta e próspera.
Portanto, para empreendedores que visam não apenas iniciar, mas crescer e solidificar sua presença no mercado, investir cedo em estruturar sua estratégia de pessoas, não é um luxo, mas uma necessidade estratégica. Empresas que priorizam as pessoas desde o começo estão mais aptas a enfrentar os desafios do mercado, inovar continuamente e liderar com integridade e resiliência.
Neste contexto dinâmico, a questão que se coloca é: qual o momento ideal para estruturar uma área de pessoas numa startup? O momento ideal para estruturar uma área de Recursos Humanos em uma startup é desde o início. Investir cedo em RH não é apenas sobre preencher vagas, mas sim sobre criar uma cultura sólida, atrair os melhores talentos e estabelecer as bases para o crescimento sustentável e o sucesso a longo prazo. Ao priorizar as pessoas desde o começo, uma startup pode se adaptar rapidamente, inovar eficazmente e liderar com integridade, mesmo em tempos de mudança.
Além de lidar com o crescimento, o RH em startups enfrenta a tarefa de fomentar um ambiente de autogestão e comprometimento. Neste modelo, menos é mais no que diz respeito a supervisão direta. Acredita-se que os colaboradores, motivados pelo sonho compartilhado e pela visão da empresa, buscarão por si alcançar sua melhor versão. Assim, o RH deve transcender as funções tradicionais de administração pessoal e focar mais em unir e orientar todos na mesma direção.
O empreendedorismo moderno deve ser encarado como um ato de compreensão humana. As estratégias podem ser impecáveis e os produtos inovadores, mas é o entendimento e respeito pelas pessoas que verdadeiramente determinam o sucesso de um negócio. Colocar as pessoas antes dos processos não é apenas uma abordagem ética, é uma estratégia inteligente que sustenta crescimento duradouro e significativo.
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