Conforme a Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), 70% dos brasileiros não separam o lixo seco do orgânico. Ao analisarmos mais profundamente esse dado, percebemos que o Brasil recicla apenas 3% dos resíduos, mesmo com mais de 70% das cidades dispondo de coleta seletiva. Isso representa uma perda de R$ 14 bilhões por ano, além da degradação ambiental e dos impactos sociais negativos para os catadores, que são a principal porta de entrada para a reciclagem, sem contar a poluição gerada ao meio ambiente.
Para mudar o cenário atual das cidades do país, a solução começa de várias maneiras, como separar o lixo seco do orgânico, adotar um consumo mais consciente e conhecer a cadeia produtiva dos produtos que consumimos. Na nossa última newsletter de 2024, trazemos uma reflexão sobre o futuro das cidades, que começa com a adoção de pequenos hábitos. E você, separa seu lixo? Nesta edição, vamos falar sobre: Quem avisa amigo é, Trabalho de formiguinhas, Previsão certeira e mais! Instigou? São apenas alguns minutos do seu tempo.
Quando pensamos no futuro das cidades, logo nos vem à mente o planejamento urbano, as cidades de 15 minutos e a qualidade de vida. No entanto, além das reivindicações em áreas como moradia, saneamento e equidade racial, há um ponto crucial que não pode ser ignorado: os direitos humanos. Segundo um relatório recente da Anistia Internacional, o Brasil ocupa o 4º lugar no mundo em assassinatos de defensores de direitos humanos.
Casos recentes de violência policial e violações de garantias nas periferias de diversas cidades brasileiras têm chamado a atenção para o papel das lideranças comunitárias como defensoras de direitos e mediadoras de demandas nessas comunidades. O podcast "Café da Manhã" discute a atuação de quem busca garantir os direitos humanos nas periferias em um momento de emergência devido à violência. A estudante Vitória Santos Oliveira, ativista de movimentos pela moradia na Baixada Santista (SP), compartilha como as lideranças atuam para proteger as comunidades e informar sobre direitos. A cofundadora e diretora do Instituto Elos, Natasha Gabriel, aborda as medidas que fortalecem esses agentes e analisa o significado de sua atuação. Quer saber mais? Dá o play!
Um novo relatório da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES) destaca as interconexões entre as crises de biodiversidade, mudanças climáticas, insegurança hídrica e alimentar, e saúde pública, enfatizando que essas crises não são isoladas e se agravam mutuamente. Intitulado "Nexus", o relatório apresenta 70 opções de respostas para maximizar os benefícios em cinco áreas interligadas: biodiversidade, água, alimentos, saúde e mudanças climáticas.
A IPBES alerta que o consumo excessivo de recursos naturais e a insustentabilidade das práticas produtivas intensificam a pressão sobre a natureza, exigindo uma abordagem holística por parte dos governos. O documento também ressalta a crescente perda de biodiversidade e seus impactos diretos na segurança alimentar, qualidade da água e saúde, além de apontar que fatores socioeconômicos, como desperdício e crescimento populacional, agravam ainda mais a situação.
O projeto "Formigas de Embaúba" está transformando a relação entre estudantes e o meio ambiente ao plantar agroflorestas em escolas públicas de São Paulo, integrando educação ambiental à prática e promovendo o contato dos jovens com a terra. A iniciativa visa aumentar a presença de áreas verdes urbanas e ensinar sobre agroecologia e sustentabilidade, abordando a desconexão dos jovens com a natureza e a falta de formação ambiental prática nas escolas.
O projeto transforma terrenos subutilizados em agroflorestas produtivas, combinando espécies nativas e culturas agrícolas, e inclui oficinas práticas para alunos, professores e voluntários, promovendo aprendizado colaborativo sobre manejo sustentável. A manutenção das áreas é incorporada à rotina escolar, garantindo a continuidade do projeto. A equipe do Ideologia Coletiva participou de um plantio em Paraisópolis em 2022, destacando a experiência positiva e enriquecedora.
A plataforma de inteligência artificial PrevisIA, do Imazon, alerta que 6.531 km² de floresta amazônica podem ser desmatados no próximo ano, representando um aumento de 4% em relação aos 6.228 km² registrados no último ciclo anual pelo PRODES. Desses, 2.269 km² estão sob risco muito alto, alto ou moderado de desmatamento, especialmente nas áreas do "arco do desmatamento" entre Mato Grosso, Pará, Rondônia, Amazonas e Acre. O estado do Pará concentra a maior parte das áreas passíveis de derrubada, seguido por Amazonas e Mato Grosso.
A PrevisIA também identificou Terras Indígenas e Unidades de Conservação com alto risco de desmate, como a TI Kayapó e a APA Triunfo do Xingu. Os pesquisadores alertam que as projeções podem ser conservadoras, pois não consideram os dados recentes do Sistema de Alerta de Desmatamento, que indicam que 1.628 km² de floresta foram derrubados entre agosto e outubro de 2024.
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Solução que leva luz para comunidades afastada já transformou a vida de mais de 1 milhão de pessoas, em lugares como Índia, Filipinas, Argentina e Bangladesh, onde a luz elétrica ainda é um privilégio para poucos.