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Terra da garoa, cidade cinza, Sampa, Paulicéia, cidade grande, são alguns dos pseudônimos que a metrópole mais amada e não muito adorada carrega. Completando 470 anos, São Paulo começou a ser colonizada em 1532 quando Martim Afonso de Souza fundou a Vila de São Vicente (hoje Baixada Santista). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, nos primórdios, SP vivia da agricultura de subsistência, depois da implantação da lavoura de cana-de-açúcar e também sonhava com a descoberta do ouro e dos metais preciosos. As viagens ao interior do país – Bandeiras – eram expedições organizadas para procurar pedras e metais preciosos nos sertões distantes.
Na passagem para o século XIX, aconteceu a virada, quando as plantações de café substituíram as de cana-de-açúcar para ocupar o primeiro plano da economia nacional. A fundação da cidade de São Paulo aconteceu no local conhecido como Pátio do Colégio, no dia 25 de janeiro de 1554. A edificação foi construída pela missão jesuítica liderada pelos padres José de Anchieta e Manuel da Nóbrega, com a intenção de catequizar as populações indígenas que viviam na região.
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Aos poucos, a cidade foi ganhando centralidade econômica e política na região e tornou-se capital da província em 1815. A intensificação dos fluxos de migrantes e do desenvolvimento econômico de São Paulo aconteceu, principalmente, durante o ciclo do café. O avanço da industrialização, juntamente do fenômeno da urbanização, foi consolidando o papel da cidade na economia regional e nacional, chegando, atualmente, à classificação de cidade global.
São Paulo é a capital do estado de mesmo nome e sede da Região Metropolitana de São Paulo. A capital paulista possui mais de 12 milhões de habitantes, sendo a mais populosa do Brasil. Está inserida no bioma Mata Atlântica, tendo clima predominantemente Subtropical Úmido.
Falando da cidade e sua história, não poderíamos deixar de contar um pouco sobre Avenida Paulista, que completa 133 anos, já foi Avenida Carlos de Campos, mas não carregou o nome por muito tempo, foram apenas três anos, de 1927 a 1930. A mudança esconde um importante processo de troca de poder na história de São Paulo e do Brasil.
Desenvolvida e inspirada nas grandes vias europeias, o arquiteto uruguaio Joaquim Eugênio de Lima desenvolveu a primeira avenida planejada da capital paulista, que também seria, anos depois, a primeira a receber asfalto em toda a América Latina. Entregue, oficialmente, ao público no dia 8 de dezembro de 1891, foi um projeto inovador para São Paulo com cerca de 100 mil habitantes, na época, que já se firmava como grande polo de fábricas e centralizava a produção de café no país.
O caráter vanguardista da avenida continuou a se manifestar ao longo da história da cidade. Nas primeiras décadas, sob propriedade dos endinheirados da época, surgiram os palacetes dos mais variados estilos. Para a Paulista mudaram-se inicialmente famílias ricas, menos tradicionais e oriundas de diferentes nacionalidades. A avenida foi a primeira via asfaltada da capital em 1909, com material importado da Alemanha, em uma época em que o calçamento era de paralelepípedos.
A via também recebeu o primeiro hospital particular, em 1906, o Sanatório Santa Catarina, além do parque Trianon projetado pelo paisagista francês Paul Villon, composto por Mata Atlântica original, até hoje intacta.
Já nos anos 40 a substituição dos palacetes e mansões por arranhas céus começa a acontecer. Em 1941, no trecho da Avenida Angélica com a Consolação, foi erguido o Edifício Anchieta. Em 1955 o conjunto Nacional um dos símbolos da avenida, e dois anos depois inaugurou-se o Museu de Arte Moderna de São Paulo, projetado com sofisticação por Lina Bo Bardi. O vão de 74 metros era o maior do mundo na época.
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Segundo o livro Cidade de São Paulo: Estudos de Geografia Urbana (1958), a via seria inicialmente chamada de Avenida das Acácias, ou Prado de São Paulo. Mas, o idealizador da via, o engenheiro Joaquim Eugênio de Lima, decidiu-se pela Avenida Paulista, em homenagem ao povo que tão bem o acolhera.
Arquitetura e inovação urbana também impressionaram os artistas ao longo da história de São Paulo. São mais de 3 mil músicas que cantam as ruas, avenidas e prédios, consagrando a capital paulistana como a mais cantada do Brasil.
"Alguma coisa acontece no meu coração, que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João", trecho da música "Sampa" de Caetano Veloso.
Para comemorar os 470 anos de São Paulo, a comunidade STATE reuniu as músicas que descrevem a cidade. Para ouvir, clique aqui.
Após mais de 400 anos o planejamento urbano se renova cheio de histórias e possibilidades, e, você tem alguma história que queira compartilhar conosco? Conta para a gente!
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