Você já ouviu falar no Sistema B? O Sistema B é um movimento global que pretende redefinir o conceito de sucesso nos negócios e identificar empresas que utilizem seu poder de mercado para solucionar temas sociais e ambientais. Iniciado no Brasil em 2012, o Sistema B Brasil é uma organização parceira do B Lab - movimento global de empresas B - criado em 2006 nos Estados Unidos - responsável pelo engajamento local de todo o movimento no país e na América Latina.
Disseminada no Brasil por Marcel Fukayama, 29, CEO da CDI, organização social híbrida dividida entre empresa social e ONG que prega a democratização da informática e também uma das primeiras Empresas B brasileiras, o movimento B considera não apenas o êxito financeiro, mas também o bem-estar da sociedade e do planeta.
Segundo Rodrigo Gaspar, gerente de programas do Sistema B Brasil, são mais de 30 empresas de capital aberto que possuem certificação. Hoje o Brasil conta com uma rede de mais de 230 empresas B certificadas e 23% delas marcam presença na lista Best for the World - BFTW - 2022, ao lado de grandes empresas do mundo como a Patagônia - referência em negócios éticos e sustentáveis e Natura.
A lista global Best For The World, organizada pelo Movimento B, do B Lab e Sistema B Brasil, trouxe em sua edição de 2022, 54 empresas brasileiras reconhecidas por terem as melhores práticas nas 5 dimensões de impacto: comunidade, clientes, meio ambiente, governança e trabalhadores.
A enumeração é desenvolvida tendo como referência a pontuação conquistada pelas empresas em comunidade, clientes, meio ambiente, governança e trabalhadores. Ou seja, as cinco áreas analisadas ao realizarem a Avaliação de Impacto B (BIA), ferramenta base para a certificação B.
Ainda de acordo com Gaspar, para as empresas possuírem uma certificação é necessário que sua conduta seja transparente com processos claros e éticos de governança.
Aqui no STATE apoiamos a certificação B por meio do nosso programa de aceleração Where Science Happens, que está na sua segunda edição, além de contar, também com parceria de empresas que pensam no meio ambiente como a Kiro - uma bebida tradicionalmente conhecida como: Switchel, switzel, swizzle, ou ponche de feno feita de água misturada com vinagre e geralmente temperada com gengibre.
Em sua versão brasileira, "a intenção de trabalhar com produtos da sociobiodiversidade fez com que a pimenta jiquitaia, por exemplo, entrasse no radar da marca. Ela é uma mistura de pimentas desidratadas e moídas com sal, em um processo ancestral e brasileiro, e é produzida por mulheres indígenas do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro", afirma a empresa.
Seu cultivo é orgânico, em roças e jardins, e o processamento acontece nas "casas de pimenta", tendo uma forte identificação com a cultura alimentar das populações tradicionais. Assim como a jiquitaia, todos os ingredientes carregam histórias que ajudam a fortalecer o comércio justo e a preservação das matas brasileiras.
Como a Kiro, o aumento de 38% no número de empresas do Brasil é composto por 11 certificadas em 2021, que já entraram para a rede com um elevado nível de impacto positivo, e com 15 empresas recertificadas, que se comprometeram com a jornada de melhoria de impacto e conseguiram aumentar significativamente sua pontuação.
E, assim, atesta negócios que equilibram lucro e impacto positivo socioambiental e promovem um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo.